A repórter da TV Bandeirantes, Nadja Haddad, 24 anos, foi baleada no dia 2 de setembro, durante confronto entre traficantes e policiais no Morro Dona Marta, em Botafogo, Rio de Janeiro. A jornalista estava no carro da emissora às proximidades da favela, para a cobertura do confronto. O projétil que atingiu o ombro da jornalista perfurou um pulmão. “O caso exige um debate sobre a necessidade de blindagem dos carros de reportagem deslocados para coberturas de risco”, defendeu o Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro. A entidade luta para a inclusão, no acordo coletivo da categoria, de medidas de proteção aos jornalistas, para reduzir a exposição desses profissionais ao risco de morte nas batalhas do tráfico. O caso não teve destaque na imprensa carioca. “Seria um lamentável equívoco se essa timidez das empresas refletisse um simples comportamento de concorrente — e será mais lastimável ainda se for uma omissão deliberada para esfriar o debate sobre a segurança dos correspondentes da guerra carioca, que iniciamos na morte de Tim Lopes”, ressaltou o sindicato.