Em Barreiras, interior da Bahia, a jornalista Nely Vasconcelos sofreu prisão arbitrária durante mais de 30 dias, em decorrência de um evidente flagrante forjado de tráfico de drogas. Nely era assessora do prefeito Saulo Pedrosa (PSDB) e a farsa foi montada para prejudicar o candidato do prefeito, Antônio Henrique Moreira, que acabou vencendo as últimas eleições. O principal articulador da farsa, apontado pelo Sindicato dos Jornalistas da Bahia, é o ex-deputado Ney Ferreira, um capitão reformado da PM, com grande influência junto à delegacia de Barreiras. Nely estava grávida e acabou abortando na prisão. Apesar dos protestos do Sindicato, a jornalista ficou presa em cela comum, mesmo tendo direito a cela especial. O segundo vice-presidente presidente da Fenaj e vice-presidente da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), Beto Almeida, foi enviado para Marabá, onde atuou em defesa da equipe de TV e prestou solidariedade aos familiares dos sem-terra assassinados e feridos.