O repórter Roberto Pazzianotto, do Jornal Dois Pontos, foi ameaçado de morte por um capitão da Polícia Militar, Luís Carlos Ferreira, em local público, em Capivari (SP). A ameaça aconteceu na noite do dia 19 de novembro, por volta das 23h. O capitão estava em companhia dos ex-policiais Salvador da Santíssima Trinidad e outro identificado apenas como Catarino. O repórter estava assistindo ao jogo Vasco e Palmeiras, quando os três entraram e começaram a beber no balcão. Ao ver Pazzianotto, o ex-policial Salvador alertou que era ele o autor da matéria sobre a confusão provocada pelo capitão na sede campestre do Capivari Clube. Na ocasião, o capitão tentou acabar com uma festa no clube, discutiu com seguranças e frequentadores e precisou ser contido pela polícia. O Dois Pontos publicou matéria e procurou a PM para ouvir a versão do capitão. A corporação não se pronunciou e apenas transferiu o policial. Após saber que Pazzianoto era repórter do Dois Pontos, Ferreira se aproximou e começou a ofendê-lo. Pazzianotto não respondeu às provocações e isso irritou o capitão, que o ameaçou de morte. Ele disse que em toda a sua carreira havia matado 39 e que Pazzianotto seria a sua vítima de número 40. Uma testemunha e outros que estavam no bar garantiram que o capitão estava armado, pois estava sempre com a mão na cintura e com um volume sob a camisa. Não é a primeira vez que um profissional do Dois Pontos sofre ameaças. O editor Marcelo Andriotti também foi ameaçado de morte e agredido em anos anteriores. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo, além de repudiar o ato de violência, divulgou matéria publicada sobre o episódio no Jornal Dois Pontos e pediu providências ao comando da Polícia Militar e à Secretaria de Segurança Pública do Estado.