A jornalista Iolanda Lopes, repórter do jornal O Estado do Tapajós, em Altamira (PA), foi alvo de perseguição, após publicação de série de reportagens sobre a descoberta, pela Polícia Civil do Estado, de uma rede de prostituição infantil no município. As matérias, escritas a partir de informações levantadas junto à Justiça, mostraram a existência de grupo de homens com alto poder aquisitivo que estimulavam a pedofilia, por meio de festas e orgias. No dia 8 de junho, o senhor Maurício Lorenzoni, tio de um dos acusados, ligou para o telefone celular de Iolanda fazendo ameaças veladas à jornalista, usando expressões do tipo “isso não vai ficar assim”. Temendo por sua integridade física e de seus familiares, Iolanda prestou termo de declaração na Procuradoria da República no Município de Altamira. O Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) enviou ofício ao Secretário Especial de Defesa Social, Manoel Santino, solicitando apuração e providências diante das ameaças sofridas pela jornalista. O Sinjor-PA também denunciou o caso em nota aberta à população. “As ameaças sofridas por Iolanda, além de repulsivas, são um atentado ao exercício da profissão de Jornalismo e ao direito à informação. O Sinjor-PA pede às autoridades a apuração rigorosa e urgente para que os responsáveis sejam punidos”, dizia a nota.