O repórter-fotográfico Paulo Mocofaya foi agredido a socos e empurrões pelo sócio majoritário da TV Camaçari, Juciélio Andrade de Oliveira, na manhã do dia 18 de janeiro. O jornalista fazia a cobertura de audiência ocorrida no Ministério Público do Trabalho, provocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Rádio, TV e Publicidade no último dia 17. O caso aconteceu na frente do prédio onde se realizava a audiência que apura irregularidades na contratação de funcionários sem a devida habilitação profissional na TV Camaçari. O dono da empresa danificou o equipamento do fotógrafo e ainda passou a agredi-lo fisicamente, a ponto de rasgar a camisa do profissional. O fato foi presenciado por várias testemunhas. A insatisfação dele seria o registro de sua imagem. A agressão contra Paulo Mocofaya, com quase 30 anos de história no jornalismo baiano, foi repudiada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Bahia (Sinjorba) através de nota pública emitida por sua presidente, a jornalista Kardelícia Mourão. Mocofaya recebeu também moções de solidariedade da Associação dos Repórteres Fotográficos, Arfoc, e do Sindicato dos Trabalhadores em Rádio, TV e Publicidade, Sinterp. Na Assembléia Legislativa, o deputado Edson Pimenta (PC do B) também repudiou a agressão, através de moção de pesar que protocolou junto à Secretaria Geral da Mesa Diretora da Casa. De acordo com o deputado, o fotógrafo foi apanhado de surpresa. “O ataque desferido pelo sócio majoritário da TV Camaçari, Juciélio Andrade de Oliveira, foi feito de forma arbitrária e desrespeitosa”. O parlamentar defendeu a investigação severa desses crimes contra a liberdade de imprensa e a punição dos envolvidos em processos dessa natureza, que não podem continuar a registrar baixos índices, quer pela falta de estrutura policial, quer pela morosidade da Justiça, pois, segundo o deputado, “isto faz de seus autores reincidentes e espelho para a continuidade dessa prática repugnante”.