A direção do Flamengo impediu a entrada da equipe de reportagem do UOL no CT Ninho do Urubu. Os demais profissionais da imprensa foram autorizados a cobrir a parte inicial dos treinos, mas a equipe do UOL foi impedida de realizar seu trabalho. O impedimento foi uma represália à publicação de reportagem sobre o incêndio ocorrido no Ninho do Urubu, em fevereiro de 2019, que resultou na morte de dez meninos da base do Flamengo que dormiam no local. Na reportagem, o engenheiro eletricista José Bezerra diz ter visto o CEO, Reinaldo Belotti, ordenar a retirada de partes de uma instalação elétrica problemática. A ação alteraria a cena do incêndio enquanto a perícia ainda acontecia. Na época, Bernardo Monteiro, diretor de Comunicação do clube, disse que o UOL foi informado, no dia anterior, que não teria acesso às dependências do CT para cobertura dos treinos, porque não havia se retratado da acusação de que a cena do incêndio fora alterada. O UOL foi impedido de acompanhar cinco treinos abertos do Flamengo e teve de recorrer à justiça, para ter acesso ao Ninho do Urubu. Em junho, o Flamengo entrou com uma queixa-crime contra 11 jornalistas do UOL e contra o engenheiro que concedeu a entrevista (veja em Cerceamentos à liberdade de imprensa por ações judiciais).