O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, deputado Arthur Maia (União-BA), em um despacho, impôs uma série de restrições ao trabalho dos jornalistas. Entre as restrições, a exigência de um credenciamento específico (além do que é exigido pela Câmara dos Deputados e pelo Senado) para ter acesso às sessões da CPMI e a proibição da divulgação de documentos sigilosos e de informações consideradas privativas ou confidenciais. Diante da repercussão negativa da tentativa de censura, Arthur Maia recuou revogando parte das restrições, mas manteve a proibição de se fotografar telas de celulares. Quatro dias antes, ele havia proibido o jornalista Lula Marques, repórter fotográfico da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), de fazer a cobertura jornalística da CPMI, justamente porque Lula fotografara a tela do celular de um senador (veja em Impedimentos ao exercício profissional).