“O jornalista Marcos Andrade, repórter cinematográfico da Jovem Pan, foi intimidado por integrantes da campanha do então candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que foi eleito e empossado. Ele acompanhava uma atividade de campanha em Paraisópolis e registrou imagens do tiroteio que interrompeu a visita. E causou a morte de uma pessoa. Inicialmente, o candidato chegou a falar em atentado, mas essa versão foi desmentida pelo governo do Estado. Ao saber que Marcos Andrade havia filmado um agente de segurança disparando tiros, um integrante da campanha diz ao jornalista que ele tem de apagar as imagens. Marcos Andrade foi levado ao comitê de campanha, onde Fabrício Cardoso de Paiva, servidor licenciado da Agência Brasileira de Investigação (Abin), o pressionou a apagar as imagens.
A direção da Jovem Pan disse ao
repórter-cinematográfico que a equipe de Tarcísio havia
pedido a demissão dele, mas que ele não seria demitido.
E pediu que ele gravasse um vídeo expressando seu
apoio ao candidato. Marcos Andrade recusou-se a
gravar o vídeo e pediu demissão.”