A editora Abril convocou o presidente do Sindicato dos Jornalistas, Paulo Zocchi, a voltar ao trabalho na empresa a partir de 30 de outubro, encerrando cinco anos de liberação sindical sem prejuízo de vencimentos, iniciada em 2015, após a eleição dele como presidente da entidade. Zocchi é também vice-presidente da Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ.
Com a atitude, a empresa atacou o exercício do mandato sindical, pois a jornada normal de trabalho impede o desempenho pleno das atividades ligadas à presidência da entidade. O Sindicato dos Jornalistas é uma entidade de âmbito estadual, que representa uma categoria distribuída em dezenas de empresas, e que exige de seu presidente uma atividade diária que supera a jornada normal de trabalho.
A própria Abril reconheceu isso no acordo de liberação sindical, assinado pelas partes em 2015, no qual está escrito, textualmente: “Considerando-se a solicitação da entidade sindical para a liberação do empregado para o exercício de suas atividades sindicais em período integral, vez que seriam incompatíveis com a manutenção de suas atividades profissionais na empresa”.