O jornalista Lourenço Veras, 52 anos, conhecido como Leo Veras, foi assassinado a tiros no quintal de sua própria moradia, na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, localizada na fronteira com a cidade brasileira de Ponta Porã. Dois homens encapuzados invadiram o quintal da casa, onde Veras jantava com a família, e o executaram com 12 tiros. O jornalista residia em Pedro Juan Caballero, mas atuava também na vizinha Ponta Porã, localizada no estado de Mato Grosso do Sul. Ele era responsável pelo site Porã News e tornou-se conhecido por suas reportagens policiais sobre o crime organizado na região. Em mais de uma ocasião, Veras relatou ter recebido ameaças de morte, em razão de seu trabalho jornalístico. Numa operação policial realizada em fevereiro, a polícia prendeu dez pessoas suspeitas de envolvimento no crime. Em maio, a polícia prendeu Waldemar Pereira Rivas, o “Cachorrão”, em Pedro Juan Caballero. Ele é apontado como membro do Primeiro Comando da Capital (PCC) e é o principal suspeito de mandar executar o jornalista Leo Veras. A promotoria também não descarta o envolvimento de Ederson Salinas Benitez, conhecido como Salinas Ryguasu, chefe do PPC na região.