480 – O repórter-fotográfico registrava a imagem do cabo Francisco C

O repórter-fotográfico registrava a imagem do cabo Francisco Canindé da Paixão Ribeiro, acusado de assassinar com sete tiros Bruno Ricardo Bezerra Gomes, de 22 anos. Enquanto fazia as imagens, um tenente de nome Sullivan foi em direção ao fotógrafo e falou que ele não podia fazer a imagem. O repórter-fotográfico questionou a posição do tenente, já que se trava de um flagrante do descumprimento do dever. Ele então teria ficado alterado, falou mais forte e se aproximou mais ainda, até empurrar o equipamento do profissional. A repórter viu a confusão e se aproximou para verificar a identificação do policial. Com isso, ele se alterou novamente, avançou sobre a repórter e falou que ela não podia escrever nada, pois o policial não era nenhum bandido e fez a ameaça: “’Não é pra escrever nada, senão tu vais ver o que te acontece’, disse ele”, descreveu a jornalista. O Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor) emitiu uma nota oficial repudiando a atitude do policial. A presidente da entidade, Sheila Faro, afirmou que a ameaça ou intimidação ao trabalho do profissional jornalista é digna de repulsa, pois representa um atentado ao exercício da profissão, bem como ao direito à informação e à liberdade de imprensa, garantidos na Constituição Federal.