A jornalista Luiza Bodenmüller, gerente de estratégia da agência de checagem Aos Fatos, foi alvo de ataques orquestrados via redes sociais, por manifestar uma opinião em sua conta pessoal no Twitter. Na noite do dia 26, Luiza postou um comentário criticando a indicação de uma juíza conservadora para a Suprema Corte dos Estados Unidos. Já na madrugada do domingo, 27, começaram os ataques. O blogueiro Allan dos Santos replicou a mensagem, questionando se a jornalista “gosta de triturar bebês”. Na manhã do mesmo dia, o antropólogo Flávio Gordon reproduziu o tweet da jornalista e o perfil da profissional, ressaltando a agência de checagem, e comentou: “Depois são chamadas de agências de esquerdagem de fatos (left-checking) e reclamam…”. Posteriormente, houve ofensas machistas e misóginas de anônimos, mas contribuíram para os ataques o endosso de parlamentares, como a deputada federal Bia Kicis (PSL/DF), e o deputado estadual Gil Diniz (PSL-SP). Eles foram tantos e tão graves que a jornalista foi obrigada a trancar sua conta no Twitter. Apesar das denúncias, a plataforma não apagou as postagens ofensivas.