A Agência de Notícias de Direitos Animais (Anda), presidida pela jornalista Silvana Andrade, sofreu seis ciberataques decorrentes de suas posições contrárias a medidas do governo Bolsonaro, como liberação de caça, facilitação da emissão do CAC (Certificado de Registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), regulamentação de vaquejada, incentivo ao armamento, ao desmatamento, à invasão de áreas indígenas e liberação de agrotóxicos. No dia 17 de setembro, o site da entidade havia sido sequestrado e derrubado, com mudança de senha e login na conta do Registro.br. O site só foi recuperado 24 horas depois do ataque. No mesmo dia houve invasão das contas do Twitter e do Instagram. Apenas na segunda rede a Anda conseguiu recuperar o acesso. No Twitter, foi apagado todo o conteúdo, com centenas de postagens e reportagens, fruto de anos de trabalho. No dia 23 de setembro, ocorreu uma tentativa de invasão à conta de e-mail da Anda, o que exigiu mudança de senha para a retomada do acesso. Em fevereiro de 2022, o site da Anda havia sido invadido, ficando quatro dias fora do ar. Foram necessários cinco meses para recuperar o conteúdo apagado. Processo semelhante ocorreu com o canal da ONG no YouTube. Saíram do ar clipes com mais de 1 milhão de visualizações e centenas de vídeos, com milhares de visualizações, foram perdidos. A Anda atua há 14 anos e é a primeira agência de notícias do mundo no segmento de jornalismo voltado à defesa dos direitos animais e da proteção ambiental.